terça-feira, 15 de novembro de 2011

Samba de duas notas



Por Jordana Feitosa de Oliveira

Em meio a encontros e desencontros, num lugar ainda estranho, as lembranças bailam num ritmo fresco e com cheiro de maresia, vendo o sol bater sobre as calçadas enquanto as sementes vermelhas são catadas por duas jovens que por alguns segundos retornam a um estágio mágico, à glória de seus dias, a infância.

E no compasso do descompasso da sugerida maturidade de poucos anos, o lugar antes estranho, passa a ser território reconhecido de uma fase que não passara ali, mas num habitat similar e próximo nas suas respectivas memórias. Tudo isso acontecia em meio à imersão de entropia popular do sábio saber de seu Antônio, sambador de corpo e alma, que pouco antes cantarolava seus versos e poesias, fruto da sua experiência e sabedoria diante de um público inerte e encantado por tanto conhecimento, simpatia e canções por ele guardadas no seu mundo de fantasia.

Diante de uma simplicidade que simboliza o que há de mais sublime num ser humano que se torna o que é a partir da sabedoria que lhe é inerente junto ao dom da poesia. O dia 16/09/2011 poderia ter sido só mais um dia naquele calendário, antes gerado, por tantos propósitos e intenções; mas, foi antes de tudo, um retrato documentado e bem guardado em cada uma de nossas impressões.

Seu Antônio, Dona Lourdes, Dona Joanice, personagens desse dia de primavera onde as flores que reluziram a beleza foram aquelas que esperam sem pressa.

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